Não é difícil
nos depararmos com obras de arte meio sem noção por aí. É muito comum você ver
por aí um quadro com apenas um rabisco ser vendido por milhões de dólares. Pra
mim não passa de um rabisco mesmo, preguiça do artista e do comprador, que acha
que tá comprando uma bela obra de arte sem ao menos saber o que significa. No
entanto, temos por aí, outras obras que foram feitas por artistas nada
preguiçosos, mas que continuam sendo sem noção, dá só uma olhada no que a
galera é capaz de fazer pela arte.
Drenar o próprio sangue
Marc Quinn é
um louco artista britânico que faz esculturas de sua própria cabeça a
cada poucos anos com seu próprio sangue. O cara vai de seis em seis semana no
hospital para drenar um litro de seu sangue para fazer cada cabeça, que gasta
cerca de 9 litros de sangue para ser concluída. Por que o miserável não pega o
sangue e pinta um quadro, como qualquer artista louco faria? Não, ele quis
mais, e até agora já esculpiu cinco dessas cabeças, para mostrar seu
envelhecimento. Diz ele que a maior cabeça vai ser esculpida depois de sua
morte, com todo a sangue drenado de seu corpo, que vai dar mais ou menos 90
litros de sangue.
Auto mutilação
Quando o
artista japonês Hananuma Masakichi descobriu que iria morrer de tuberculose em
1885, resolveu criar uma réplica de seu próprio corpo para deixar pra sua
esposa como lembrança. O cara então foi modelando detalhe por detalhe, como
veias e poros e ainda teve a estúpida grande ideia de colocar na
escultura seus próprios pelos, unha e dentes. Isso mesmo, o cara arrancou todos
os dentes, unhas e cabelos (incluindo pentelhos) para colocar na escultura.
Depois ainda fez uma exposição onde ele se apresentava ao lado da réplica para
que conseguissem distinguir quem era o verdadeiro (que era até fácil, era só
perceber qual dos dois ficava coçando a virilha toda hora, pois arrancar
pentelhos dá nisso.) O pior de tudo é que a tuberculose não teve nem a decência
de matar o cara, que ainda viveu mais dez anos.
A réplica é a da esquerda. (Eu acho!)
Tomar um tiro e ser crucificado
Sabe-se lá o
que esse povo acha que é arte. Mas Chris Burden achou que levar um tiro no
braço como espingarda calibre 22 era arte pura. E foi isso que ele fez, levou
um balaço no braço. Poxa, e eu achando que aquela galera da rocinha, morro do
alemão eram marginais. Que nada, estava só fazendo arte. Mas esse doente artista
não parou por aí não, ele também foi crucificado no capô de um fusca e foi
exibido pela cidade desse jeito. Queria eu ser o cara que tava pilotando o
fusca, aí sim ele veriam o que era arte, quando eu desse uns cavalos de pau e
passasse em todas as lombadas a 120 por hora com o cara crucificado lá.
Vomitar arte
Talvez se
mutilar ou drenar o próprio sangue seja demais a favor da arte né? Quem sabe
então se você tomar uns leitinhos coloridos e sair vomitando sobre a tela pra
ver no que vai dar? A artista Millie Brown faz justamente isso. Ela toma uma
mistura de leite com tinta e vomita suas obras de arte. Se eu soubesse que isso
dava dinheiro eu tinha guardado toda a bagunça que eu fazia no banheiro quando
chegava em casa bêbado. Tem tempo ainda, hoje tem festa na casa de um colega
aí!!!
Bem bonito né? (Só que não)
Homem de Ferro? Ou de xixi?
Até agora
você não se identificou com nenhum desses artistas? Não tem a genialidade de
nenhum deles? Tenha calma meu amigo, pois ideias podem surgir do nada, até de
uma simples infecção urinária. Em 2012, o estudantes de Taiwan, Wong Tin Cheung
estava com uma infecção urinária e teve uma ideia incrivelmente sem noção
genial ao perceber o contraste do vermelho do sangue e o amarelo de sua urina.
Ele decidiu então fazer o Homem de Ferro na privada. O cara participou de um
concurso de arte no Museu de Belas artes da China e ganhou 13500 dólares com
sua façanha. Não sei quem é mais estúpido, ele ou quem deu o primeiro prêmio.
Desenterrar cadáveres
O que você
acha então de desenterrar cadáveres para fazer suas obras de arte? Doentio? Não
foi o que Honore Fragonard pensou. Esse aqui desenterrava os mais diversos
tipos de cadáveres para montar suas peças de arte bizarras. Imagina você
andando de boa num museu e dá de cara com seu falecido avô sentado em um cavalo
também falecido. Provavelmente você sofreria um mini ataque cardíaco e depois
fugiria pras colinas, mas Fragonard achava legal. O cara fez mais de 700 obras
dessas, sendo que 21 ainda “sobrevivem”.
Ah, dane-se! Faz o que quiser...
Suponhamos
então que você não tenha um pingo de talento pra arte mas mesmo assim quer ser
um artista. Tenho duas opções pra você então. A primeira é você sair gritando
um monte de bobagens num microfone e dizer que é funkeiro. A segunda é fazer
como a artista russa (tinha que ser) Marina Abramovic, que simplesmente juntou 72 itens
em uma mesa, dentre eles correntes, facas, lâminas de barbear e uma arma e deu
a liberdade para que visitantes de um museu fizessem o que quisessem com ela,
alegando que não iria reagir e nem falar nada. No começo os visitantes do museu
ficaram meio tímidos e só faziam cócegas e tal, mas logo a galera animou e
torturaram a mina por 6 horas. Teve um até que pegou a arma e apontou para o
pescoço de Abramovic pra ver se ela reagia e ela nada fez. Se isso é arte ou
loucura eu não sei. Só sei que ela
conseguiu provar que todo ser humano tem um lado sombrio escondido dentro de
si.