O post de hoje vem falar um pouco dessa rede social que tem
dividido a população em grupos extremamente sem noção. Vamos conhecer um pouco
dessas pessoas.
O eterno baladeiro
Sim, esse é um dos tipos que mais irritam na rede social. O
cara, ou a mina só sabe falar em festas, bebedeiras e ressaca. É aquele tipo
que sempre reclama que é segunda feira e fica a semana toda amolando com frases
do tipo “Chega logo sexta-feira”. E haja amolação no sábado pela manhã com a
ressaca do mala. Minha teoria é que nos próximos anos, os terapeutas que
trabalham com alcoólicos terão tornado seus trabalhos fantasticamente fáceis, simplesmente
dando uma olhada nos últimos status de seus pacientes para encontrar aquele momento
de clareza e colocá-los no caminho da recuperação.
Os ratos de academia
Tá certo que malhar é uma coisa legal, pois define seu
corpo, melhora sua saúde e te dá mais auto estima. Mas é necessário mesmo
transformar sua timeline em uma academia virtual? Os caras tão sempre falando a
hora que vão pra academia, postando fotos de homens e mulheres musculosos,
geralmente acompanhados daquela frase super batida “No pain, no Gain!” Mas
porque essa revolta com os marombas? É inveja? Provavelmente. Independentemente
disso, a menos que essas pessoas estejam sendo submetidas a um regime de
treinamento para um exército de super soldados, não há nenhuma chance de alguém
se importar com quantas flexões você consegue fazer.
Os jogadores de Facebook
O Facebook é um verdadeiro fliperama virtual, que
disponibiliza diversos jogos para seus usuários. A única diferença de um
fliperama real é que no Facebook os jogos são extremamente ruins. O pior de
tudo é que mesmo assim tem gente que vicia nessas porcarias e fica te mandando
convites o dia todo pra essas merdas. Os jogadores de facebook chegam a tal
ponto no vício, que perdem a habilidade de se comunicar normalmente e as únicas
coisas que você vê em suas timelines é “Leocádio ganhou um monte de Feno em
Farmville”, “Astrogildo perdeu a integridade anal em Crimanal Case”, e coisas
do tipo. Confesso que vez ou outra dou uma jogadinha em Angry Birds, mas não
convido ninguém tá?
Falsa falta de autoestima
Isso é extremamente comum no Facebook, e é chato pra
caramba. Sabe aquela garota (gostosa) que posta uma foto com roupa de ginástica,
numa posição insinuante e comenta “Aff, to tão gorda!” ou “Preciso perder uns
quilinhos” ou ainda “Tô horrível”? Nós todos sabemos que não é verdade, a
pessoa que publica quase certamente sabe que não é verdade, e ainda assim posso
garantir que você vai ver um enxame de admiradores desesperados caindo uns
sobre os outros para que a garota saiba que ela é linda e que deve cair na cama
com eles por causa disso. Insuportável!
O bebê sem direitos de imagem
O parto é uma coisa linda (meio nojento, gosmento e tal, mas
mesmo assim lindo). Mas a principal coisa a lembrar é que o resto do mundo não
precisa ser atualizado constantemente com os acontecimentos cotidianos de sua
prole. Então, quando uma criança nasce, você será contemplado com seiscentas
fotos idênticas de um pequeno boneco da Michelin. Isso vai continuar a cada dia
pelos próximos dois anos. Essas crianças podem ser bonitas, elas podem ser
inteligentes, elas podem ser capazes de falar norueguês, mas, por favor, a
comunidade cada vez menor de usuários ainda sãos do Facebook implora a você: não
precisamos saber todos os detalhes do crescimento do seu filho. Cadê a
liberdade de escolha do seu bebê? E se ele não curtir os holofotes?
Falsos moralistas
Agora reservo até um espaço maior pra falar dessa raça. Observo
atentamente o que as redes sociais vêm fazendo com a cabeça das pessoas. Parece
que de uma hora pra outra, todos se tornaram extremamente moralistas e
politicamente corretos. O que será que tem causado isso? Talvez seja uma
espécie de necessidade de aceitação intelectual ou sei lá o que. Todo mundo
agora quer ser o dono da verdade, com pensamentos políticos e sociais que não
condizem com suas condutas. Vejamos o exemplo daquela jornalista lá, a tal Rachel
CheroAzedo. Tá certo que ela fala suas besteirinhas por aí e tal, mas pelo
menos ela fala coisas que saem da própria cabeça e não de opiniões formadas
para agradar a galera. Deixem-na falar o que quiser, pois confesso que em
diversas vezes concordei com ela. Mas aí chegam os ativistas e moralistas de
plantão e descem a lenha na pobre coitada. Lembro a vocês que as mesmas pessoas
que falam tão mal da CheroAzedo também falam mal da ditadura, mas se esquecem
nesse momento que estão exercendo a ditadura sem ao menos se darem conta disso.
Liberdade de expressão é algo que não podemos perder, mas censurando esses
tipos de comentários, estamos praticamente clamando pela volta da censura no
país. Vide Rafinha Bastos, Danilo Gentilli, Fábio Porchat e tantos outros que
vêm sofrendo com essa censura velada, praticada por nós mesmos. Falo isso
também, porque muitas vezes fui censurado no Facebook por escrever meus
textinhos polêmicos e cheios de palavrão. Fui censurado pelo Facebook? Não meus
amigos, e sim por vocês mesmos que acham que estão acima da verdade e fecham a
cabeça para qualquer coisa contrária do que lhes é confortável. O problema de
vocês, ativistas de Facebook, é dar importância pra coisas muito pequenas,
achando que assim vão mudar o mundo. Não repararam que é isso mesmo que querem?
Colocar preto contra branco, gays contra heteros, pobre contra rico e vice e
versa? Querem exatamente isso, que nos preocupemos com coisinhas idiotas e
esqueçamos onde estão os verdadeiros vilões, onde está o verdadeiro problema.
Se o país tá uma merda, podem ter certeza que os principais culpados são
exatamente esses moralistas sem noção.